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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ARTE ROMANA


ARTE ROMANA

A Arte Romana sempre foi baseada na praticidade e no utilitário.  Suas construções primam pela grandiosidade como símbolo de potência e se orientam mais para a solidez imponente, do que para a elegância e a graça.  Será construído para atender às necessidades das grandes massas populares: teatros, circos, foros, anfiteatros, aquedutos.
Desenvolveram uma forma de construção em que as colunas passam a ser apenas decorativas; criaram o arco e a abóbada.  A arte romana é influenciada pelo classicismo grego.  A expansão romana do século I a.C. traduz-se na arte por uma iconografia da vitória e por uma arte a serviço do Imperador.



ARQUITETURA

 

A arquitetura romana mesclou influências etruscas, gregas, com as característica de sua própria civilização, principalmente a partir do século II a.C., quando as conquistas romanas possibilitaram a formação de uma elite enriquecida e ao mesmo tempo fortaleceu o Estado.
Dos etruscos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utlização do arco e da abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos Jônico, Dórico e coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano.

As características gerais da arquitetura romana são:
  • busca do útil imediato, senso de realismo
  • grandeza material, realçando a idéia de força
  • energia e sentimento
  • predomínio do caráter sobre a beleza
  • originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções:

1) Religião: Templos

Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do
exterior onde o povo se reunia para o culto.

2) Comércio e civismo: Basílica

A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.

3) Higiene: Termas

Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. A mais famosa é a terma de Caracala que, além de casa de banho, era centro de reuniões sociais e esportes.

4) Divertimentos

a) Circo
Extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos:
jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".
b) Teatro
Imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis.
c) Anfiteatro
O povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo.
Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.



5) Monumentos decorativos

a) Arco de Triunfo
Pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.



b) Coluna Triunfal
A mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.

 

6) Moradia: Casa

Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
Os romanos ainda construíram aquedutos que transportavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.



PINTURA

   O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro  estilos.


Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.





ESCULTURA

    Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos






sexta-feira, 7 de outubro de 2011

FOTOGRAFIA

Fotografia significa, literalmente, desenhar com a luz.  Graças à capacidade de alguns materiais e substâncias químicas de serem sensíveis à luz, é possível criar e registrar imagens sobre películas, papel e outras superfícies.
Podemos considerar a fotografia como uma técnica artística.  Ela nos permite registrar a realidade, constituindo um código de comunicação autônomo e expressivo.

·          Película: Filme. Os filmes são sensíveis à luz.
·        Obturador: serve para fazer passar a luz necessária para o filme.
·     Diafragma: é um dispositivo que regula a intensidade da luz que entra no filme.  Funciona de forma semelhante à imagem recebida pelos nossos olhos.  É pelo diafragma que regulamos a máquina para a obtenção de detalhes.  Com um diafragma muito aberto, por exemplo, o feixe de luz que entra influirá na profundidade de campo e no foco desejado.
·        Objetiva: é constituída de uma série de lentes, côncavas e convexas, que filtram e dão convergência aos raios luminosos que incidem sobre o objeto a ser filmado.


Gêneros fotográficos
        
        A Fotografia tem grande importância atualmente, sobretudo nos setores de comunicação de massa.  Ela também pode ser dividida em gêneros:

·          Reportagem jornalística ou foto jornalismo.
·          Fotografia cientifica.
·          Fotografia comercial.
·          Fotografia publicitária.
·          Amadorismo em fotografia.

Foto jornalismo

        O objetivo essencial do foto jornalismo é captar imagens que sirvam para documentários de jornais.  Esses fotógrafos geralmente tiram fotos de políticos, das misérias da condição humana, de esportes, do ambiente, de catástrofes, etc. trata-se de um tipo de fotografia destinado a transmitir mensagens do dia-a-dia à população.

   
Fotografia Científica

        Esse tipo de fotografia auxilia os cientistas e estudiosos do meio científico a analisarem melhor certos objetos.  Elas apenas transmitem imagens, comunicando pouco.

Fotografia Comercial

        Tem por finalidade mostrar um produto, colocar em evidência suas características do modo mais claro possível.  O fotografo que faz esse tipo de foto trabalha com certa liberdade e criatividade.

Fotografia Publicitária

        Tem por finalidade persuadir o observador.  Portanto, nem sempre registra o real.  Seu objetivo é atrair a atenção do espectador para que ele compre o produto.

Amadorismo em Fotografia

        É o simples registro feito por uma foto tirada por um amador, sem vínculos comerciais.

Os elementos da linguagem fotográfica

Os planos: é o enquadramento promovido pelo distanciamento da câmera em relação ao objeto.  São divididos em: Grande Plano Geral (é o enquadramento em que o ambiente é o elemento primordial e o elemento humano é apenas um elemento na paisagem), Plano Geral (é o enquadramento em que o ambiente ocupa uma menor parte do quadro, dividindo o espaço com o sujeito. Situa a ação e o homem no ambiente em que ocorre a ação), Planos médios(é o enquadramento em que o sujeito preenche o quadro – os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura), Primeiro plano( é o enquadramento do sujeito destacando seu semblante.  Preocupa-se com a emoção da fisionomia) e plano de detalhes( é o enquadramento que isola uma parte do sujeito.

Foco: refere-se à nitidez.  Pode ser diferencial, desfoque e profundidade de campo.

 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Trabalho turma 1902

 Trabalho sobre perspectiva:

Fazer o desenho em perspectiva, de um cômodo de sua casa a partir do ponto de fuga. Com a folha na horizontal, traçar duas diagonais. O ponto de encontro das diagonais será o ponto de fuga.


PERSPECTIVA

               É a arte de representar sobre uma superfície plana os objetos, conforme eles se apresentam aos nossos olhos e na sua forma.


Linha do horizonte:   
É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do observador (linha tal pontilhada LH).

Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar.

Ponto de vista:
Ponto de vista é um ponto no qual se supõe que esteja o olho do observador e do qual convergem os raios visuais. A distância do quadro e a distância do observador é a sua altura. Quanto mais distante dos olhos do observador, menores ficam as coisas. Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.
Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus lados, esquerdo ou direito.
 Ponto de fuga:
É o ponto localizado na linha do horizonte, pra onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva (PF).

Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga. Em situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto na linha vertical do ponto de vista. Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto do ponto de vista.
 Linhas de fuga:

São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em direção ao ponto que geram a sensação visual de profundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva.
O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permitem a elaboração de esquemas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou paisagens sem distorção estrutural. Veremos a base destes recursos gráficos conhecendo sobre os diferentes tipos de visualização em perspectiva.
    Na arte podemos dizer que o Renascimento deu origem à perspectiva e o Cubismo foi o movimento que renunciou  a perspectiva. ­














quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Arte na Publicidade





ARTE BARROCA

      A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII), mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.     O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocentrismo do Renascimento.   As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
    É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo;  espírito e matéria.

  
   Suas características gerais são:
 

   * emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção  e não apenas pelo raciocínio.
   * busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
   * entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
   * violentos contrastes de luz e sombra;
   * pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a  aparência de profundidade conseguida.
 

                                       ARQUITETURA


       Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do Renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.
     Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento.
                                      
 
                                 
                                            PINTURA

  
  Características da pintura barroca:
    * Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
    * Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
    * Realista, abrangendo todas as camadas sociais.

    * Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
    Dentre os pintores barrocos italianos:
 
  Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.


Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio.

 
A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros países da Europa, temos:

Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.


Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor.


Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.
 

                                                      ESCULTURA
 
 
     As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada.  


Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Obra destacada: A Praça de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Teresa.
 

Para seu conhecimento
Barroco: termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para designar pérolas de forma irregular.
 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

FOLCLORE


   A palavra Folclore surgiu com o antiquário inglês Wilian Jonh Thoms, em carta dirigida à revista Atheneum, que a publicou em 22 de agosto de 1846.
   O radical Folk significa povo, e o radical Lore quer dizer conhecimento, saber.  A palavra folclore portanto, expressa aquilo que o povo sabe, conhece. Atualmente, devemos acrescentar algumas palavras para melhor conceitua-lo: o folclore estuda o que o povo sabe sem ter aprendido nas escolas e universidades, tudo aquilo que foi transmitido  de geração para geração.
    
     Lendas são narrativas de fatos de caráter maravilhoso, desfigurados pela imaginação popular.  As lendas foram muito difundidas entre os índios para explicar o surgimento do sol, da lua, das estrelas, etc. São exemplos de lendas indígenas brasileiras: da Vitória-régia, do guaraná, Iara, da casa de Tupã, da cobra grande, da Marabá, entre outras.
  
    Mito são narrativas com base em crenças populares, onde há a transfiguração de seres e fenômenos da natureza em corpos inaturais e forças sobrenaturais.  São exemplos de mitos: Saci, Cuca, Lobisomem, mula sem cabeça, curupira, entre outras.

            A linguagem escrita é aquela que aparece em publicações e leva em conta os modos de se expressar do povo.  São exemplos a linguagem de lampião, do Padre Cícero e a literatura de Cordel - forma de literatura em pequenas brochuras, com histórias em versos ilustradas por gravuras que fixam, em traços rústicos, uma cena ou personagem do romance.  Recebe este nome porque os folhetos costumam ser atados a uma cordinha e pendurados em seus pontos de venda.  Os temas são lendas, tradições locais, fatos do momento, crimes ou façanhas heróicas.
 
     A linguagem falada são as adivinhações, os provérbios, acalantos, danças cantadas e anedotas.  São exemplos de adivinhas:
         ¨o que é o que é tem bico e não bica, tem asa e não voa?¨
         Ö que é o que é cai no seco não quebra, cai na água e quebra?¨

São exemplos de provérbios:
Em lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas.
Quem não arrisca , não petisca.
Quem conta um conto , aumenta um ponto.

         Os usos e costumes folclóricos abrangem as comidas típicas, as rendas, bordados e louças de barro de cada região.  Por exemplo, em se falando de alimentação, temos o vatapá, o caruru e a galinha de xim-xim, na Bahia; a carne de sol no RGN, o churrasco gaúcho, e a torta capixaba no Espírito Santo, etc.
         Danças folclóricas é o nome genérico dado pelos folcloristas brasileiros aos nossos grandes bailados populares.  Eles se baseiam num assunto e tem, na sua maioria, partes faladas e representadas.
·                        Piauí: xerém. Coco e baio.
·                        Ceará: baião, milindô e forró.
·        RGN : bambelô e serrote
·        Paraíba: coco, ciranda, choradinho ou baião.
·        Pernambuco: frevo, xaxado, coco, ciranda.
·        Alagoas: coco,xenhenhén.
·        Bahia: samba de roda, lundu.
·        Rio de janeiro: samba.

       As festas folclóricas são numerosas e variam de estado para estado.  Temos como exemplo a festa de Nosso Senhor do Bonfim, realizada em Salvador, caracterizada pela lavagem das escadarias da Igreja; a festa do Divino Espírito Santo, onde os participantes são figuras que retratam o Brasil dos tempos coloniais.; as festas juninas; a festa do Bumba meu Boi, representação originada no nordeste e disseminada pelo país, com figuras e músicas essencialmente brasileiras.  O motivo é a vida, morte e ressureição do boi.   Em cada localidade tem um nome diferente: boi de mamão, etc.  O carnaval é definido como uma festa profana.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Arte Gótica

           O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. 
         Surgem novas categorias sociais dedicadas ao artesanato e ao comércio.  Ascende o poder do rei em países como França e Inglaterra, onde observa-se a grande influência do Clero.  Abades e bispos, monges e padres mostravam-se mais interessados no poder e bens materiais, a ponto de frequentemente entrarem em conflito com a nobreza, com os soberanos e com o próprio imperador. 
         A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
          Preocupados com a verticalidade, os arquitetos góticos criaram os arcos ogivais, que são agudos e que, como o termo indica, apontam para o alto.  Esta é uma característica primordial da arquitetura gótica.
        Na zona alta da Igreja e em toda capela-mor, abrem-se grandes janelas com vitrais coloridos e figurativos. Filtrada pelos vitrais, a luz que se difunde pelo interior da catedral não parece provir de uma fonte natural e cria uma atmosfera cálida e luminosa que transmite êxtase.
   


   Outro elemento arquitetônico da arte gótica é a rosácea.  Sua forma circular, dividida em finos raios de pedra semelhantes ao de uma roda.  Tinha para o cristão da época, um significado duplamente simbólico: ao sol, símbolo de Cristo , e a rosa, símbolo de Maria.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Arte Renascentista

     Com  o fim da Idade Média, após a invasão dos bárbaros, após a escravidão feudal que havia levado o povo à mais profunda miséria, surge a cidade como centro de comércio e de troca de valores. É nesse exato momento que se desenvolve a vida cultural e artística européia.  Há o fortalecimento do comércio e dos banqueiros.  A cultura apresenta um salto de qualidade em relação à Idade média.

      A arte clássica, com seu conceito de perfeição da forma e da proporção, torna-se um modelo de referência. O artista passa a ser o autor de seus projetos e deixa o anonimato.  Renascimento ou Renascença significa o nascer do homem depois de séculos de escuridão. No Renascimento os quadros obedecem  a uma perspectiva, onde quase sempre há uma paisagem por trás.  Buscam o domínio da forma.  Dois séculos exprimem bem esse momento:  o Quattroceno e o Cinquencentto.




                     O QUATTROCENTO



          A explosão da arte neste século ocorre na Itália, em Florença. Na pintura descobre-se um novo elemento - o espaço - que se une à cor e à forma.  Antes desta época, os artistas não estavam muito preocupados com a exatidão e semelhança.  Depois , começam a seguir um método matemático-geométrico, que consistia em apresentar um desenho com extrema precisão bidimensional, nascendo assim as leis da perspectiva.  Uma verdadeira fome de desenhar e pintar com perspectiva se apossa dos pintores, escultores  e arquitetos.
             A arquitetura do Quatrocento italiano mostra, corajosamente, os esquemas e as estruturas típicas da Idade Média e , se difunde para a arquitetura clássica grega, como uma verdadeira revolução artística.  As igrejas são bonitas, mas não tão majestosas e imponentes como a Basílica Romana.
             São representantes deste período:


  •   Fra Angélico - frade dominicano que pintou uma série de afrescos no convento de São Marcos e muitos outros quadros, nos quais demonstra sua religiosidade e delicadeza.


  • Filippo e Filippino Lipi - dois artistas que pintaram muitas madonas (Nossa Senhora).


  • Ghirlandaio - era assim chamado porque pintava guirlandas em torno de seus quadros.


  • Sandro Botticelli - dá vida a sua criatividade e a sua fantasia realizando obras de fundo profano e mitológico.  Em um emaranhado de linhas sinuosas, movendo corpos e vestes, pintando flores, folhas e arbustos, criou quadros inovadores e vibrantes.  O mais Célebre é A Primavera; depois vem  O Nascimento de Vênus.  Botticelli morreu em 1510, pobre e esquecido.  Muitos de seus quadros foram queimados publicamente por serem considerados profanos pela Igreja.


















                     O CINQUENCENTTO


            A vida social na Itália vai se refinado com o desenvolvimento da arte.  O Renascimento se expande para fora da Itália.  A princípio na França, depois na Espanha, Alemanha e Holanda.
            A Igreja é quem mais se utiliza dos trabalhos dos artistas.  Podemos notar também que neste período há uma perfeita harmonia entre a escultura e a pintura.  Surgem assim, grandes pintores escultores como por exemplo Michelangelo Buonarroti.
             Como pintor, Michelangelo foi encarregado pelo papa Julio II de pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano, e depois de 25 anos, o restante do altar.  Pintou também a Criação do Mundo.  Foi um esforço tão grande que teve sua saúde comprometida para sempre.  A força de seu desenho deixou marcas profundas nos artistas de sua época como Rafaelo, Tintoretto e Tiziano.

            Foi também um grande escultor.  Seu material preferido foi o mármore.  Em duros blocos ele esculpia de forma quase precisa.  Enumerar suas esculturas será difícil, pois são numerosas, mas duas marcaram sua carreira: Pietà ( Nossa Senhora com Jesus morto em seus braços) e David.
     
          Leonardo da Vinci  foi outro grande pintor do Renascimento.  Ele sintetiza e exalta o Renascimento com uma interpretação pessoal e poética da natureza.   Não é possível dizer se Leonardo da Vinci foi melhor como artista ou como inventor.  Se ,de um lado, legou-nos belíssimos quadros, de outro deixou numerosos trabalhos escritos sobre astronomia, hidraúlica, botânica, anatomia, urbanismo, engenharia e matemática.  Descobriu muitos inventos.  Em suas obras usou o esfumaçado.  Pintou madonas e outros personagens.  Destacam-se os quadros: A Anunciação, A Virgem e Sant'ana, Adoração dos Magos, A Santa Ceia e Monalisa.



terça-feira, 12 de julho de 2011

ARTE AFRICANA

     
          
        
         A arte Africana exprime usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional, desenvolvido para ser utilizado, ligado ao culto dos antepassados, profundamente voltado ao espírito religioso, característica marcante dos povos africanos.     
     Os povos africanos faziam seus objetos de arte  utilizando  diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim , máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano, etc.




    



     A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnífica arte afro-brasileira.
      As máscaras são as formas mais conhecidas da arte africana. Para eles, a máscara representava um disfarce mítico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos.  A máscara é a ligação entre o divino e o humano.
      Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte.
      Pablo Picasso, por volta de 1905, tomou conhecimento da arte africana - e aí surgiu nitidamente a inspiração para o movimento cubista. Um exemplo dessa influência é o importante quadro "Les Demoiselles D'avigno’n.




   
     

ARTE INDÍGENA



Na época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse número caiu para aproximadamente 200 000.  A arte indígena é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que da personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos da pintura corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra.

A Visão Indígena Brasileira
O que é índio? Um índio não chama nem a si mesmo de índio, esse nome veio trazido pelos colonizadores no séc. XVI. O índio mais antigo desta terra hoje chamada Brasil se autodenomina Tupy, que significa "Tu" (som) e "py" (pé), ou seja, o som-de-pé, de modo que o índio é uma qualidade de espírito posta em uma harmonia de forma.


ARQUITETURA

        Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho. No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas  pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque. 
          Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.  
  
PINTURA CORPORAL E ARTE PLUMÁRIA
       Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para  defende-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus.  As cores e os desenhos ‘falam’, dão recados. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca e na viagem.
        Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas e nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, a face e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
 As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga.
       Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares,   passam aos seus portadores elegância e magestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.

TRANÇADOS E CERÂMICA
       A tendência indígena de fazer objetos bonitos para usar na vida tribal, pode ser apreciada principalmente na cerâmica, no trançado e na tecelagem. A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil, dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc. Tudo isso sem perder a beleza e feito com muita perfeição.
        A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.