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terça-feira, 30 de agosto de 2011

FOLCLORE


   A palavra Folclore surgiu com o antiquário inglês Wilian Jonh Thoms, em carta dirigida à revista Atheneum, que a publicou em 22 de agosto de 1846.
   O radical Folk significa povo, e o radical Lore quer dizer conhecimento, saber.  A palavra folclore portanto, expressa aquilo que o povo sabe, conhece. Atualmente, devemos acrescentar algumas palavras para melhor conceitua-lo: o folclore estuda o que o povo sabe sem ter aprendido nas escolas e universidades, tudo aquilo que foi transmitido  de geração para geração.
    
     Lendas são narrativas de fatos de caráter maravilhoso, desfigurados pela imaginação popular.  As lendas foram muito difundidas entre os índios para explicar o surgimento do sol, da lua, das estrelas, etc. São exemplos de lendas indígenas brasileiras: da Vitória-régia, do guaraná, Iara, da casa de Tupã, da cobra grande, da Marabá, entre outras.
  
    Mito são narrativas com base em crenças populares, onde há a transfiguração de seres e fenômenos da natureza em corpos inaturais e forças sobrenaturais.  São exemplos de mitos: Saci, Cuca, Lobisomem, mula sem cabeça, curupira, entre outras.

            A linguagem escrita é aquela que aparece em publicações e leva em conta os modos de se expressar do povo.  São exemplos a linguagem de lampião, do Padre Cícero e a literatura de Cordel - forma de literatura em pequenas brochuras, com histórias em versos ilustradas por gravuras que fixam, em traços rústicos, uma cena ou personagem do romance.  Recebe este nome porque os folhetos costumam ser atados a uma cordinha e pendurados em seus pontos de venda.  Os temas são lendas, tradições locais, fatos do momento, crimes ou façanhas heróicas.
 
     A linguagem falada são as adivinhações, os provérbios, acalantos, danças cantadas e anedotas.  São exemplos de adivinhas:
         ¨o que é o que é tem bico e não bica, tem asa e não voa?¨
         Ö que é o que é cai no seco não quebra, cai na água e quebra?¨

São exemplos de provérbios:
Em lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas.
Quem não arrisca , não petisca.
Quem conta um conto , aumenta um ponto.

         Os usos e costumes folclóricos abrangem as comidas típicas, as rendas, bordados e louças de barro de cada região.  Por exemplo, em se falando de alimentação, temos o vatapá, o caruru e a galinha de xim-xim, na Bahia; a carne de sol no RGN, o churrasco gaúcho, e a torta capixaba no Espírito Santo, etc.
         Danças folclóricas é o nome genérico dado pelos folcloristas brasileiros aos nossos grandes bailados populares.  Eles se baseiam num assunto e tem, na sua maioria, partes faladas e representadas.
·                        Piauí: xerém. Coco e baio.
·                        Ceará: baião, milindô e forró.
·        RGN : bambelô e serrote
·        Paraíba: coco, ciranda, choradinho ou baião.
·        Pernambuco: frevo, xaxado, coco, ciranda.
·        Alagoas: coco,xenhenhén.
·        Bahia: samba de roda, lundu.
·        Rio de janeiro: samba.

       As festas folclóricas são numerosas e variam de estado para estado.  Temos como exemplo a festa de Nosso Senhor do Bonfim, realizada em Salvador, caracterizada pela lavagem das escadarias da Igreja; a festa do Divino Espírito Santo, onde os participantes são figuras que retratam o Brasil dos tempos coloniais.; as festas juninas; a festa do Bumba meu Boi, representação originada no nordeste e disseminada pelo país, com figuras e músicas essencialmente brasileiras.  O motivo é a vida, morte e ressureição do boi.   Em cada localidade tem um nome diferente: boi de mamão, etc.  O carnaval é definido como uma festa profana.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Arte Gótica

           O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. 
         Surgem novas categorias sociais dedicadas ao artesanato e ao comércio.  Ascende o poder do rei em países como França e Inglaterra, onde observa-se a grande influência do Clero.  Abades e bispos, monges e padres mostravam-se mais interessados no poder e bens materiais, a ponto de frequentemente entrarem em conflito com a nobreza, com os soberanos e com o próprio imperador. 
         A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
          Preocupados com a verticalidade, os arquitetos góticos criaram os arcos ogivais, que são agudos e que, como o termo indica, apontam para o alto.  Esta é uma característica primordial da arquitetura gótica.
        Na zona alta da Igreja e em toda capela-mor, abrem-se grandes janelas com vitrais coloridos e figurativos. Filtrada pelos vitrais, a luz que se difunde pelo interior da catedral não parece provir de uma fonte natural e cria uma atmosfera cálida e luminosa que transmite êxtase.
   


   Outro elemento arquitetônico da arte gótica é a rosácea.  Sua forma circular, dividida em finos raios de pedra semelhantes ao de uma roda.  Tinha para o cristão da época, um significado duplamente simbólico: ao sol, símbolo de Cristo , e a rosa, símbolo de Maria.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Arte Renascentista

     Com  o fim da Idade Média, após a invasão dos bárbaros, após a escravidão feudal que havia levado o povo à mais profunda miséria, surge a cidade como centro de comércio e de troca de valores. É nesse exato momento que se desenvolve a vida cultural e artística européia.  Há o fortalecimento do comércio e dos banqueiros.  A cultura apresenta um salto de qualidade em relação à Idade média.

      A arte clássica, com seu conceito de perfeição da forma e da proporção, torna-se um modelo de referência. O artista passa a ser o autor de seus projetos e deixa o anonimato.  Renascimento ou Renascença significa o nascer do homem depois de séculos de escuridão. No Renascimento os quadros obedecem  a uma perspectiva, onde quase sempre há uma paisagem por trás.  Buscam o domínio da forma.  Dois séculos exprimem bem esse momento:  o Quattroceno e o Cinquencentto.




                     O QUATTROCENTO



          A explosão da arte neste século ocorre na Itália, em Florença. Na pintura descobre-se um novo elemento - o espaço - que se une à cor e à forma.  Antes desta época, os artistas não estavam muito preocupados com a exatidão e semelhança.  Depois , começam a seguir um método matemático-geométrico, que consistia em apresentar um desenho com extrema precisão bidimensional, nascendo assim as leis da perspectiva.  Uma verdadeira fome de desenhar e pintar com perspectiva se apossa dos pintores, escultores  e arquitetos.
             A arquitetura do Quatrocento italiano mostra, corajosamente, os esquemas e as estruturas típicas da Idade Média e , se difunde para a arquitetura clássica grega, como uma verdadeira revolução artística.  As igrejas são bonitas, mas não tão majestosas e imponentes como a Basílica Romana.
             São representantes deste período:


  •   Fra Angélico - frade dominicano que pintou uma série de afrescos no convento de São Marcos e muitos outros quadros, nos quais demonstra sua religiosidade e delicadeza.


  • Filippo e Filippino Lipi - dois artistas que pintaram muitas madonas (Nossa Senhora).


  • Ghirlandaio - era assim chamado porque pintava guirlandas em torno de seus quadros.


  • Sandro Botticelli - dá vida a sua criatividade e a sua fantasia realizando obras de fundo profano e mitológico.  Em um emaranhado de linhas sinuosas, movendo corpos e vestes, pintando flores, folhas e arbustos, criou quadros inovadores e vibrantes.  O mais Célebre é A Primavera; depois vem  O Nascimento de Vênus.  Botticelli morreu em 1510, pobre e esquecido.  Muitos de seus quadros foram queimados publicamente por serem considerados profanos pela Igreja.


















                     O CINQUENCENTTO


            A vida social na Itália vai se refinado com o desenvolvimento da arte.  O Renascimento se expande para fora da Itália.  A princípio na França, depois na Espanha, Alemanha e Holanda.
            A Igreja é quem mais se utiliza dos trabalhos dos artistas.  Podemos notar também que neste período há uma perfeita harmonia entre a escultura e a pintura.  Surgem assim, grandes pintores escultores como por exemplo Michelangelo Buonarroti.
             Como pintor, Michelangelo foi encarregado pelo papa Julio II de pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano, e depois de 25 anos, o restante do altar.  Pintou também a Criação do Mundo.  Foi um esforço tão grande que teve sua saúde comprometida para sempre.  A força de seu desenho deixou marcas profundas nos artistas de sua época como Rafaelo, Tintoretto e Tiziano.

            Foi também um grande escultor.  Seu material preferido foi o mármore.  Em duros blocos ele esculpia de forma quase precisa.  Enumerar suas esculturas será difícil, pois são numerosas, mas duas marcaram sua carreira: Pietà ( Nossa Senhora com Jesus morto em seus braços) e David.
     
          Leonardo da Vinci  foi outro grande pintor do Renascimento.  Ele sintetiza e exalta o Renascimento com uma interpretação pessoal e poética da natureza.   Não é possível dizer se Leonardo da Vinci foi melhor como artista ou como inventor.  Se ,de um lado, legou-nos belíssimos quadros, de outro deixou numerosos trabalhos escritos sobre astronomia, hidraúlica, botânica, anatomia, urbanismo, engenharia e matemática.  Descobriu muitos inventos.  Em suas obras usou o esfumaçado.  Pintou madonas e outros personagens.  Destacam-se os quadros: A Anunciação, A Virgem e Sant'ana, Adoração dos Magos, A Santa Ceia e Monalisa.